domingo, 14 de março de 2010

Meu Primeiro Cão!'



No inverno ou no verão, cuide de seu cão

Quando o inverno chegar

Devemos preparar nossos animais para o inverno, pois, quando as temperaturas baixam, eles também sentem frio, como nós, e ficam mais suscetíveis a doenças típicas da estação. Os mais friorentos costumam ser os de pelo curto, pois são os menos "preparados" pela natureza para viver em regiões frias. Nestes casos, uma roupinha pode substituir, pelo menos em parte, o papel dos pelos na proteção contra o frio. É bom lembrar que cães de grande porte e gatos normalmente não se sentem à vontade com roupas.

Já os cães típicos de climas frios apresentam características ideais para ávida nesses lugares, como uma camada maior de gordura sob a pele e subpelo. Essas características podem ser observadas em cães como o Husky Siberiano, o Malamute do Alasca e o São Bernardo.

Atitudes que normalmente trazem conforto aos humanos podem ser prejudiciais aos seus cães, como dar banho e usar secador - seja em casa ou na pet shop -, em especial se depois o cão sair na rua, para uma temperatura fria.

Uma doença cuja incidência entre os cães aumenta nos meses em que a temperatura diminui é a "tosse dos canis" - traqueobronquite -, o equivalente ao resfriado humano. Sua causa por ser um vírus, bactérias ou fungos, e o contágio se dá no contato com outros animais. Os sintomas são tosse, espirros, febre, inapetência e coriza. Manter o cão vacinado contra esta doença, em especial se ele frequentar lugares com outros animais, diminui bastante a possibilidade de contágio.

Também como acontece aos humanos, os animais de mais idade que apresentam problemas osteoarticulares, tais como calcificações na coluna, artrose ou hérnia de disco sentem mais dor em dias frios.

Se você tiver hábito de levar seu cão para tomar banho em pet shop ou de dar banho nele em casa, seria interessante que, na época de frio, a frequência desses banhos deve diminuir. Em dias de muito frio, não dê banho em seu cão. Outra medida interessante é deixá-lo com o pelo mais comprido, pois a pelagem é uma proteção natural contra o frio. Quanto ao banho propriamente dito, use água morna e seque-o bem. Ele não deve sair para a rua em até 30 minutos após o banho, em especial, se o banho tiver sido tomado em pet shop, pois o secador é extremamente quente e, ao sair para a rua, no frio, seu cão sentirá o choque térmico.

Outro hábito que deve passar por modificações em temperaturas mais frias é o passeio. O horário deve ser o que for menos frio, normalmente das 11 às 15 horas. Procure usar "botinhas" ou sapatos para passeio em seu cão, em especial se estiver nevando, pois assim você protegerá suas patinhas de queimaduras.

Em relação à comida, se o cão não tiver tendência à obesidade, já estiver acima do peso ou for inativo, sua ração deve ser aumentada, em média de 20 a 30%.

É bom construir uma casinha para ele no quintal ou em alguma área do lado de fora de casa, se assim você preferir. Porém, em dias muito frios ou muito chuvosos, mesmo que seu cão goste de dormir ao relento ou na chuva, abrigue-o em um lugar protegido, de preferência dentro de casa, mesmo que seja na garagem ou na área de serviço.

Lembre-se: há mais cães passando frio, tanto nas ruas quanto em entidades destinadas a ajudar os cãezinhos sem lar. Ajudar nunca é demais, seja doando artigos que seu cão não use mais, seja em dinheiro, ou mesmo adotando um animal.


Quando chegar o verão

Em dias muito quentes seu cãozinho fica estirado no chão do banheiro ou da cozinha, com as patas traseiras abertas? Quando você sai com ele na rua, observa que ele ofega bastante? Bebe muita água - mais do que o normal? Procura cantos da casa onde há sombra? Esses são sinais de que seu animal está com calor. Se o seu cão estiver extremamente ofegante num dia quente, um banho frio, ou pelo menos molhar o corpo dele, pode diminuir sua temperatura.

Assim como os cães pouco peludos sentem frio no inverno, os cães peludos, adaptados para os climas frios, ficam muito acalorados no verão. Se você mora em regiões com clima quente, o ideal é que não escolha raças típicas de países frios, como o Husky Siberiano, o Malamute do Alaska, o Bernese e o São Bernardo. Porém, se já tiver um desses animais, é possível que, em dias muito quentes, ele precise ficar em um ambiente com ar-condicionado ou ventilador para suportar o calor, em especial se já estiver ofegante.

Em geral, os pelos funcionam como agentes de proteção térmica, ou seja, curtos ou compridos, eles conservam o calor, o que piora a situação de cães e gatos em dias muito quentes. Além disso, o mecanismo de regulação do suor desses animais funciona de maneira diversa à nossa: nos humanos, o suor diminui a temperatura corporal. Já nos animais, o ar frio entra pela boca, resfriando o corpo. Por esse motivo, não use focinheiras fechadas quando for para a rua com ele. Se precisar usar uma focinheira, escolha um modela que permita a abertura da boca do animal. E observe: quanto mais ofegante estiver o seu cão, maior é o calor que sente.

Diferente da orientação para o inverno, no verão você deve procurar passear com seu animal nos horários menos quentes do dia, o que, além de amenizar o calor, evitará que ele queime as patas no chão quente. Os melhores horários são o início do dia e o final da tarde. Procure sempre lugares onde haja sombra.

Trate seu cão com o mesmo cuidado que teria com um bebê. Nunca o deixe trancado dentro do carro, pois o veículo funcionará como um estufa. Mesmo que os vidros estejam um pouco abertos, o calor pode ser muito alto e o animal pode passar mal.

Como no inverno, no verão as orientações quanto ao banho e a tosa também mudam: procure manter a pelagem de seu animal bem baixa. Mesmo que esteticamente possa não ser bonito, com certeza é o mais saudável para o bichinho.

Durante o dia, seu cão não deve ficar na casinha, pois pode ser bastante abafado dentro dela, principalmente sob o sol. Cuide para que ele fique em um local arejado e com sombra. E cuide para que ele tenha sempre água fresca à disposição. Para isso, é importante trocar a água várias vezes por dia. Se possível, a água pode estar um pouco gelada.

Há animais que gostam de bater as patinhas na vasilha de água para aliviar o calor. Isso pode esvaziar a vasilha, por isso, atenção para que ele não fique sem água. Há aqueles que chegam a pular em piscinas, como os labradores. Deve haver uma certa vigilância para que seu cão não se afogue...

Se você tiver uma ave, deixe a gaiola sempre à sombra. Dentro dela deve haver uma vasilha com água, já que os pássaros gostam de tomar banho para se refrescar. E o mesmo vale para pequenos roedores, como os hamsters.

Em casos extremos, a impossibilidade em resfriar o corpo eleva a temperatura corporal a níveis nocivos ao funcionamento dos órgãos internos, podendo levar o cão inclusive à morte. Nessas situações, os cães ficam muito prostrados (às vezes semi ou inconscientes), com respiração muito ofegante, manchas pelo corpo, urina escurecida ou avermelhada e podem ter vômitos e diarreia, não raramente com sangue. Estes casos requerem atendimento veterinário de urgência.



Autor: Equipe Universo do Cão

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